A Internet, como a conhecemos hoje, é o resultado de décadas de pesquisa e desenvolvimento em redes de computadores. Sua origem está ligada ao contexto da Guerra Fria, quando os Estados Unidos buscavam criar um sistema de comunicação descentralizado e resistente a falhas ou ataques. Assim nasceu a ARPANET, em 1969, um projeto desenvolvido pela ARPA (Advanced Research Projects Agency).
A ARPANET inicialmente conectava quatro instituições: UCLA, Stanford, UC Santa Barbara e a Universidade de Utah. Seu objetivo era compartilhar recursos de computadores à distância e permitir comunicação eficiente entre pesquisadores. O primeiro protocolo de comunicação foi o NCP, substituído mais tarde pelo TCP/IP, que é usado até hoje como base da Internet.
Nos anos 1980, o uso da ARPANET se expandiu para outras universidades e organizações. Em 1989, o cientista britânico Tim Berners-Lee, trabalhando no CERN, propôs um sistema de hipertextos para facilitar o acesso e a organização de documentos científicos. Nascia ali a World Wide Web (WWW). Em 1991, a Web foi disponibilizada publicamente, inaugurando uma nova era na comunicação digital.
Com o surgimento dos navegadores gráficos, como o Mosaic e o Netscape Navigator, o acesso à Web se tornou intuitivo. Em poucos anos, milhões de pessoas passaram a criar sites, enviar e-mails, trocar mensagens e consumir conteúdo online. A década de 1990 marcou a explosão da Internet comercial, com o surgimento de empresas como Amazon, Yahoo e Google.
Durante os anos 2000, a Internet evoluiu rapidamente. A banda larga substituiu as conexões discadas, surgiram as redes sociais (como Orkut, Facebook, Twitter), o streaming de vídeo (como YouTube e Netflix), o e-commerce, e as tecnologias móveis permitiram levar a rede ao bolso das pessoas.
Hoje, a Internet conecta mais de 5 bilhões de pessoas em todo o planeta. É uma ferramenta indispensável para a educação, o trabalho, o entretenimento, a saúde e a ciência. Com a chegada da Internet das Coisas, da inteligência artificial e do 5G, novas possibilidades continuam surgindo — e o futuro da computação está mais conectado do que nunca.